A noção de camponês surge no Brasil nos anos 50 pela via política, com as Ligas Camponesas. O objetivo era dar unidade de classe a diversidade das populações agrárias não proprietárias de terras e não proletárias. O camponês então neste contexto é percebido como sujeito social desprovido da terra e não assalariado, ou seja, era uma outra categoria. Cria-se então a necessidade de saber de quem se estava falando. Com efeito, o termo camponês apontava para a construção de um sujeito histórico e um sujeito político, sendo incorporado pelo discurso acadêmico, que na sua maioria percebia as populações rurais somente na dimensão econômica, como uma atividade, e não como um mundo entrecortado de relações sociais e com estreita relação com o urbano. Convém ressaltar que o camponês genérico não existe, varia segundo as suas particularidades, diferenças regionais, relações de produção, de poder, entre outras.
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